sábado, 22 de novembro de 2008

Sonobe: O cristal

Este modelo, também conhecido como "Toshi Jewel", é um hexaedro, e o modelo Sonobe que usa menos peças: apenas 3.

Este modelo pode ser feito com qualquer um dos tipos de peças que eu mostrei no post anterior, desde que as peças sejam iguais.

Esta montagem está algo estranha, e diferente das outras, porque como eu já não fazia este modelo há algum tempo, fiz uma dobra a mais, o que faz com que o Cristal dobre pelo meio da faceta colorida, o que não é habitual.

Eu gosto desta versão porque parece ter apenas 3 facetas, ao contrário das outras duas. No entanto é possível obter o mesmo efeito (e com melhor aspecto), usando as peças da montagem seguinte, mas fazendo com que a junção das peças fique para dentro.

A montagem seguinte respondeu à primeira das minhas dúvidas acerca da peça. É possível usá-la noutros modelos que não o cubo.

Eu gostei bastante do aspecto deste modelo, no entanto ele não é tão estável como os outros.

Com esta peça também se pode montar o Cristal com a união das peças pelo lado de dentro, no entanto isso torna o modelo mais difícil de montar, e extremamente instável, pelo que neste caso recomendo que se use cola.

Este peça tem ainda um outro detalhe, que é difícil de perceber nas imagens, porque o papel tem a mesma cor de ambos os lados. Mas quando se usa papel de duas cores, a "virola" que segura as peças tem uma cor diferente do resto da peça.

Se quiserem um modelo altamente colorido com poucas peças...

domingo, 10 de agosto de 2008

Sonobe: As peças

Sonobe é o nome que se dá à peça criada por Mitsonobu Sonobe, e também a um conjunto de variações. A caracteristica comum a estas peças é terem a forma de um paralelograma, e além disso terem duas abas e duas bolsa (2 flaps e 2 pockets).
Podem encontrar um diagrama da peça original aqui (retirei deste site).A peça acima (apesar de parecerem 2 peças diferentes, o que está na foto são os dois lados do mesmo tipo de peça), tanto quanto eu consegui pesquisar é a original. É uma das versões mais fáceis de fazer, e permite obter um bom resultado visual, especialmente quando se combinam peças de várias cores.

A peça seguinte permite obter uns resultados parecidos à anterior. A montagem da peça é parecida com a montagem das peças de Sakura (de uma só pétala). O aspecto final das Kusudamas feitas com estas peças é parecido ao resultado de montar as peças anteriores, mas usando as peças do "avesso" (o que apesar de ser possível para Kusudamas de poucas peças, é quase impossível para Kussudamas maiores, porque dificulta o fecho da bola).


As peças seguintes, apesar de na foto estarem feitas com papel de uma só cor, ficam bem é com papel de duas cores. Devo confessar, que com esta peça só fiz cubos de 6 peças. Tenho algumas dúvidas se será possivel fazer as montagens de 30 peças ou mais, porque o bolso onde as abas entram para fazer a ligação das peças é muito pequeno.
No entanto há sempre a hipotese de usar cola...Existem muitas outras variações destas peças. Nomeadamente no livro que eu tenho ("The Origami Handbook" do Rick Beech, e atenção que este livro tem outros nomes, segundo a edição), existem 2 variações claras desta peça (Japanese brocade e Kusudama) e um diagrama de estrela modular (modular star), que pode ser considerada uma variação desta peça, desenhada pela origamista Tomoko Fuse.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

As rãs que saltam

Nas minhas pesquisas descobri pelo menos 4 modelos de rãs que saltam.
A mais comum é feita a partir de um quadrado de papel. Podem ver um diagrama aqui.
Eu não gosto desta rã porque não tem patas traseiras, ao contrário dos outros 3 modelos que eu conheço.

Este modelo também é feito de um quadrado, mas fica com patas traseiras, por isso eu acho que esteticamente fica melhor. Este é dos modelos que salta melhor, no entanto é um pouco dificil de dobrar nos passos finais. Eu costumo saltar alguns dos passos das patas dianteiras, para que fique um pouco mais fácil de dobrar, mas o aspecto fica um pouco estranho para o meu gosto.

Os outros modelos de rã que eu gosto são feitos a partir de rectângulos.
A primeira rã que me ensinaram a fazer, é feita a partir de um rectângulo com a proporção 2:1, ou seja metade de um quadrado.
No youtube encontrei este video que mostra como fazer essa rã. Desta não consegui ainda encontrar um diagrama...


Por fim um diagrama que pode ser feito com rectangulos de diferentes tamanhos. Basta adaptar um bocadinho os passos. No diagrama começa-se com um quadrado, que se dobra para obter um rectângulo, mas o modelo é mais fácil de dobrar se se começar logo com um rectângulo. E apesar da proporção inicial do diagrama ser 2:1 (resultado de usar um rectângulo que é metade de um quadrado), podem ser usadas outras dimensões, desde que se adapte os passos finais de fazer as patas traseiras (nomeadamente saltando o passo 6).

Estas rãs são bastante interessantes, porque permitem fazer corridas e concursos de saltos.
Por exemplo fazer algumas destas rãs num bar ou restaurante e pedir aos amigos para tentarem fazer com que a rã salte para dentro de um copo pode proporcionar diversão para algum tempo.
Ou fazer rãs para um grupo de crianças e depois deixa-las organizar corridas e concursos de saltos.
Apesar de ser um brinquedo muito simples tem normalmente o dom de atrair a atenção pela sua simplicidade, e pelo facto de actualmente pensarmos em brinquedos como objectos de plástico comprados na loja...

domingo, 15 de junho de 2008

Estrelas da sorte chinesas

Estas estrelas são muito fáceis de fazer. Podem ver o diagrama aqui.
Estas estrelas podem ser feitas com praticamente qualquer tipo de papel, basta ajustar o tamanho da tira.
Eu costumo usar papel A4 de fotocopia, colorido, que corto em 16 tiras, no sentido do comprimento. Também uso bastante uns posters promocionais A3 que me arranjaram, cortados em 16 tiras, no sentido do comprimento. Já experimentei cortar os posters em 32 tiras, no sentido da largura, mas como o papel é grosso, as tiras ficam muito finas e depois as estrelas nem sempre ficam bem.
Mesmo com papel de fotocópia, por vezes as estrelas não "incham".


A proporção recomendada no diagrama é de 20 ou 30 para 1. Ao dividir uma folha do formato A em 16, pelo sentido do comprimento a proporçao é cerca de 20 para 1.
Também uso papel de serpentina (daquelas do carnaval), mas nesse caso gosto de usar uma tira mais comprida (mais perto de 35 para 1), porque o papel é muito mole .
Há vários factores que ajudam a que a estrela fique bem.
Para começar convém que o nó inicial fique perto de uma das pontas da fita, para que não tenha que se cortar o excesso, uma vez que isso diminui a quantidade de fita que vamos "enrolar" na estrela.
Além disso convém deixar o pentágono que resulta do nó bem apertado, mas com muito cuidado para não rasgar o papel. Ao enrolar a fita também se deve apertar bem o papel.
Por fim dá jeito ter unhas para empurrar o papel, e tornar a estrela tridimensional.
Eu já fiz bastante estrelas, mas ainda não consegui fazer estrelas muito grandes. As estrelas feitas com as tiras cortadas da folha A4 ficam mais pequenas que uma moeda de 1€, como podem ver na foto. Esta estrela é do tamanho das estrelas médias da foto inicial, que também tem uma moeda de 1€, para terem uma noção do tamanho.Apesar do tamanho, estas estrelas são muito fáceis de fazer e também são bastante decorativas.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Kusudama Electra

A primeira vez que as electras me chamaram a atenção foi neste post da Devilyn (no post tem um link para o diagrama).
Eu já tinha visto esta Kusudama no meu livro de origami, mas não está lá o diagrama.
Quando vi o diagrama no blog da Devilyn andava com a mania das kusudamas sonobe, e como esta também tinha 30 peças decidi fazer.

As peças da electra não são fáceis de fazer. No entanto a montagem é das mais simples.

Como tenho papeis de vários tipos e cores gosto de experimentar os efeitos resultantes da mistura de cores.

Quanto à espessura do papel, todos os que experimentei até agora resultaram bem, embora a peça seja mais fácil de fazer em papel mais fino e a kusudama fique mais flexivel.
A grande diferença é nas cores.

Quando decidi fazer este post não tinha nenhuma electra feita cá em casa, por isso estive a fazer duas.
A primeira fiz com quadrados de cerca de 10 cm (fica com uns 15 cm de diametro). Como tinha 7 cores, escolhi 6 para fazer a electra.
Para distribuir as cores usei 4 regras:
  • Defini 3 pares de cores (no meu caso foram: Azul e Verde, Rosa e Vermelho, Laranja Claro e Laranja Escuro).
  • Nos sitios onde se juntam 3 peças garanti que não tinha 2 cores do mesmo par.
  • Nos sitios onde se juntam 5 peças garanti que não tinha 2 cores repetidas.
  • Nos sitios onde se juntam 5 peças também decidi que 2 cores do mesmo par não ficam juntas.
Depois de algumas tentativas lá consegui (notem que nas fotos é dificil destinguir entre o Rosa e o Vermelho, que na realidade parece Laranja mais escuro). Ficou bem gira e as cores estão distribuidas de uma maneira bem uniforme.

Para a segunda electra usei papel mais pequeno (cerca de 4 cm, o que dá um diametro de cerca de 7 cm). Para esta usei apenas 3 cores e segui as mesmas regras que usei para a anterior (agora os pares são peças da mesma cor).
Com 3 cores e estas regras a electra fica com um padrão muito giro, especialmente se as cores conjugarem, o que não aconteceu com estas cores.

O outro aspecto que eu adoro na electra é que como é aberta pode ser usada como uma espécie de gaiola para um tsuru, ou um passarinho que bate as asa (na imagem abaixo) ou para um outro origami.
O passarinho que está dentro da minha electra foi feito com papel do mesmo tamanho que as peças da electra. Para caber dentro da electra o passarinho poderia ter sido feito com papel uma bocadinho maior, mas eu sei que cabe sempre.
As porporções do tsuru são identicas às do passarinho que bate as asas.
Outro origami que tem porporções semelhantes é a borboleta do Yoshizawa.
Já falei de todos estes origami aqui, é só procurar os posts...

Para colocar o pássaro dentro da electra é só colocá-lo antes de fechar a kusudama (antes de colocar a última peça).

Como são capazes de já ter notado esta kusudama não precisa de cola. E devo dizer que ainda não precisei de clips para a segurar durante a montagem.
No entanto acontece-me com frequencia que ao transportar a electra no saco, ou ao brincar com ela, alguns dos encaixes abrem. Não é grave, é só voltar a encaixar as peças, mas se quiserem torná-la mais resistente é só colocar um bocadinho de cola nos encaixes.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Dicas para montar Kusudamas

Em resposta a um mail que me chegou, aqui ficam algumas dicas úteis para quem monta Kusudamas (ou outros origami modulares).

Eu conheço 3 tipos de Kusudamas: as que se colam, as que se cosem e as que só se encaixam.

Nas kusudamas que se encaixam a melhor dica que posso dar é ter cuidado a fazer as dobras e a encaixar. Convém não dobrar o papel quando se faz deslizar os encaixes, ou o papel pode não entrar.
Quando parece que é preciso outra mão para continuar a encaixar peças, porque estamos a segurar umas peças com uma mão e a tentar colocar a nova peça com a outra, por vezes ajuda colocar as peças já montadas sobre uma mesa ou outra superfície. Outro truque se pode usar são os clips para segurar algumas peças.
Se verificarem que os encaixes não são muito estáveis podem sempre usar um bocadinho de cola para garantir que as peças não se desmontam quando tentam colocar a próxima, no entanto muito cuidado com esta técnica, pois por vezes é preciso rodar as peças para que as outras encaixem!

As Kusudamas que eu conheço e que precisam de cola normalmente montam-se em 3 fases e podem precisar de cola em cada uma delas.
Normalmente começa-se por fazer as pétalas da flor. Quando tivermos as pétalas necessárias para uma flor, podemos montar a flor (é um bocadinho menos monótono que fazer logo todas as pétalas da kusudama).
Por fim quando tivermos as flores necessárias podemos montar a kusudama.
Quando estamos a montar uma kusudama com cola temos que esperar que a cola seque um bocadinho, de modo a que o modelo não se desmanche antes de continuarmos com a montagem. Em alguns casos é possível usar clips para manter as peças no sitio enquanto a cola seca, e assim podemos continuar a montagem mais depressa.
Eu não monto muitas kusudamas destas, mas quando monto não gosto de usar muita cola, por isso costumo usar cola em stick ou com aplicador, porque é mais fácil controlar a quantidade de cola que se aplica ao papel.

Esta Sakuradama na realidade ainda não está colada, está montada usando apenas os clips para segurar as flores no lugar.

Por último deveria dar dicas para as kusudamas que se cosem, mas na realidade numa montei nenhuma. (Devo confessar que tenho uma preferência pelas kusudamas que se encaixam.)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Marcadores de Livros

Para mim que adoro ler, os marcadores de livros são dos modelos de origami mais importantes.
Actualmente não tenho que procurar um marcador cada vez que começo a ler um livro, basta-me tirar uma folha do bloco e fazer um marcador.

Existem vários modelos próprios para marcador de página.


No entanto um dos meus marcadores preferidos é um modelo tradicional, chamado chapéu samurai. É quase um equivalente ao nosso velhinho chapéu de jornal.

Também gosto de usar um modelo de túlipa que me ensinaram e que fica espalmado e com uma abertura que se pode usar para colocar no canto da página.
O problema com estes marcadores é que como se colocam no canto da página, às vezes caem. Convém por isso usar um marcador relativamente grande. O mais estável que eu já consegui é um chapéu samurai feito com papel de origami (a partir de um quadrado de 15cm).

Editado para acrescentar um link para o wikihow sobre o chapéu samurai, que vi agora quando abri o igoogle :P

domingo, 18 de maio de 2008

A borboleta do Yoshizawa

Akira Yoshizawa é um dos grandes mestres do origami e um dos seus primeiros divilgadores internacionais, que ajudou a divulgar o origami, não só pelas exposições em que participou, mas também pela criação na notação utilizada na maioria dos origamis e ainda por novas técnicas de dobragem, como o wet-folding.

Um dos modelos que eu acho adequado para uma introdução ao origami é uma das borboletas do Yoshizawa (ele tem vários modelos de borboleta).

Podem encontrar um PDF com as instruções no site da origami USA. Mais exactamente este.

Hoje não há fotos porque a máquina fotográfica está chateada com o computador e agora não se falam...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Encontrar diagramas

O primeiro origami a sério que eu aprendi foi-me ensinado pela Catrela num encontro de bookcrossing.

Passado uns dias comecei a procurar diagramas na internet e fui aprendendo uns esquemas.
Um dia estava com uns amigos que também fazem origami e entrámos na livraria. Encontrei o livro "The origami handbook" do Rick Beech, a um preço fantástico. Adoro o livro, tem bastantes modelos clássicos, com fotos passo a passo, que são normalmente mais fáceis de seguir do que os diagramas esquematicos que se encontram normalmente na internet. Este livro é quase uma bíblia para mim, e vai para quase todo o lado comigo e com a minha caixa de folhas, apesar de já saber os meus modelos preferidos.

Mas para mim o desafio é a parte de aprender um modelo novo, faze-lo vezes sem conta até começar a dobrar o modelo sem pensar no que vem a seguir, as mãos sabem o que fazer e os olhos servem apenas para guiar as dobras.
Por isso continuo sempre à procura de novos modelos. E a internet é uma fonte ilimitada...

Por isso hoje vou deixar alguns sites que eu costumo visitar quando ando à procura de um modelo indefinido (quando quero um modelo especifico de que sei o nome procuro no google)

http://origami.queroumforum.com/
http://devilynscreations.blogspot.com/
http://rfoelker.sites.uol.com.br/ss.html

Por fim deixo o diagrama das estrelinhas da sorte chinesas, que eu encontrei através do blog da Devilyn, e que se faz a partir de uma qualquer tira de papel (eu costumo usar tiras cortadas de uns posters promocionais que me arranjaram).

domingo, 4 de maio de 2008

O passarinho que bate as asas

Num post anterior falei sobre o Tsuru e a lenda dos 1000 Tsurus.
No entanto já reparei que várias pessoas confundem o Tsuru (à direita) com o pássaro que bate as asas (à esquerda).
Eles são realmente muito parecidos de aspecto e também na maneira de fazer (no pássaro que bate as asas saltam-se umas dobras, o que faz com que o pássaro não "inche" quando de dobram as asas).

Para fazer o passarinho voar basta segurar no peito e puxar a cauda, como se pode ver nas fotos seguintes.Podem encontrar um diagrama animado do pássaro que bate as asas em www.origami.org.uk.
Neste site também tem o diagrama animado do tsuru, dedicado à Sasaki Sadako

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Fireworks

Pouco depois de começar a fazer origami comprei o livro "The Origami Handbook" do Rick Beech. O último modelo do livro é um dos meus preferidos. Chama-se Fireworks.
Este modelo usa 12 peças. Como não tenho 12 cores diferentes, costumo usar 6 cores (o papel dos blocos de notas que eu uso tem 7 cores diferentes).

Depois de montado o Fireworks torna-se muito viciante, porque permite rodar o modelo, virando-o para dentro (ou para fora), e o papel oferece uma resistência agradável.
Quando colocado sobre uma mesa o Fireworks apenas tem 2 posições estáveis.

No entanto, com alguma paciência e uma superficie estável para o apoiar, é possivel colocar o Fireworks numa posição muito instável. Ao mínimo toque o Fireworks "salta" para uma das posições estáveis.





A outra parte viciante de fazer o FireWorks são as combinações de cores que o modelo permite.
Quando o papel é de duas cores, o tipo de combinações de cores é potenciado pelo facto de se poder colocar a cor no interior das peças, que é visível em parte do modelo, ou no exterior das peças.
Para os Fireworks das fotos seguintes também usei 6 cores, com a particularidade que para cada cor fiz uma peça com a cor para fora e a outra com a cor para dentro.

Este conjunto de 12 peças permite fazer 2 montagens muito distintas. Na primeira parece que uma peça colorida é seguida de uma peça branca (na realidade é apenas uma ilusão de óptica, uma vez que a montagem se faz colocando as duas peças da mesma cor de forma consecutiva).
Nesta montagem não parece haver peças brancas (para este tipo de montagem não é preciso usar papel de 2 cores, só o fiz para mostrar claramente a diferença entre uma montagem e outra). Se olharem com atenção notam que neste Fireworks as "peças" parecem maiores. Na realidade são do mesmo tamanho.
Nas montagens anteriores uma peça era sempre colocada por dentro da anterior (e como consequencia da simetria por fora da seguinte).
Na montagem seguinte todas as peças com a cor por fora foram colocadas por fora das peças com a cor por dentro.
Existem várias outras formas de usar estas duas maneiras de encaixar as peças, para obter efeitos de cor diferentes. Eu tenho preferencia pelas simetrias, mas podem-se fazer combinações de cores que não são simétricas.

Para quem quiser tentar montar um Fireworks, este video do YouTube, tem instruções passo a passo.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Tsuru ou Garça Japonesa

Na mitologia japonesa o Tsuru (ou Garça japonesa) é visto como um símbolo de longevidade e fertilidade.
E diz a lenda que quem fizer 1000 tsurus de papel, consegue o desejo do seu coração.

Devido a esta lenda, uma menina japonesa de 11 anos, chamada Sasaki Sadako, que adoeceu com leucemia, por ter sido exposta à radiação da bomba atómica, decidiu dobrar os 1000 tsurus. Inicialmente o seu desejo era melhorar, mas enquanto dobrava os tsurus passou a desejar paz no mundo. A menina morreu antes de completar a tarefa, mas os seus colegas de escola dobraram os 1000 tsurus. Desde essa altura o tsuru é visto como um símbolo de paz. Existe um monumento em Hiroshima que representa esta menina, com um tsuru na mão.


Por todo o mundo, e em diversas ocasiões, grupos de pessoas juntam-se para dobrar os 1000 tsurus, como manifestação pela paz no mundo.

Podem encontrar neste site um diagrama animado do tsuru, dedicado à memória da Sasaki Sadako.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Sakuradama

Um dos meus modelos preferidos são as Sakuradama. Sakura significa flor de cerejeira. A sakuradama é uma kusudama, feitas com Sakuras.

A sakura é uma flor com 5 pétalas.

Eu conheço 2 maneiras de fazer a Sakuradama. Na que eu gosto mais fazem-se as 12 Sakuras necessárias e depois colam-se.

Para ajudar o processo de montagem pode-se usar clips para manter as flores no lugar devido.

A outra maneira de fazer a Sakuradama usa peças que formam 2 pétalas, que encaixam em 2 flores.

Apesar de não ter percebido todo o esquema de montagem destas peças (está em japonês, eu encontrei o diagrama neste Photobucket) montei uma sakuradama destas.

Eu gosto mais da versão das sakuras simples, não só porque é mais fácil de montar, como custa menos fazer as 60 peças necessárias (podemos montar uma sakura de cada vez sem ficar com a sensação de que ainda não acabámos o trabalho). Além disso acho que fica com melhor aspecto, porque fica mais fechada. Esta versão também permite ter cada sakura de uma cor, sem ter toda da sakuradama da mesma cor.